sexta-feira, 19 de junho de 2009

Engano


Fugindo
Fugindo da vida como do fim se tratasse
Vida malvada, sem perdão
Percorro estas ruas onde sombras se escondem
Morbidamente chamam por mim
Por mim e pelo fraco suspiro de vida que contenho
Como melodia esquecida vagueio, sem destino nem vontade
Pois essa fora-me roubada
Em cada esquina, em cada beco me perco
Perco na solidão, nesta triste imensidão
Não serei nada, tal como sempre fora
Um nada cheio, cheio de esperanças cegas
Agora vou, sei que será o meu fim
Mas que fim é este?
Tal como nuvem que paira no céu
Tal como o luar que brilha ao anoitecer
Nada é certo apenas tem o seu tempo
E esse para mim terminou com a maior de todas as dores
Ter vivido uma mentira e uma vida não vivida