domingo, 25 de outubro de 2009

Palavras


Palavras vazias
Palavras que nunca deveriam ser ditas, são estas com as quais mancho este papel
Papel branco, tão branco como meu caminho fora outrora
Palavras amargas são estas que brotam de meu peito, sem inspiração, alegria ou somente um leve deleite…
Nada apenas tristeza, e um reflexo sombrio daquilo que eu fora
Não vejo caminho, não vejo salvação.
Porquê remar contra a maré se essa á muito se foi, desapareceu sem deixar rasto
Caminho sozinho pela rua ouvindo a noite chegar, com ela vem tudo aquilo que temo, mas ao qual sempre me entrego
Pois perdera meu rumo, minha maré
Suspiro sombrio que vem chegando levemente mas de forma fatal, que a cada dia arranca pedaços do meu inútil ser
Já nada sou, nem algum dia voltarei a ser, agora vagueio errantemente, inútil sopro no tempo fui ao nascer ao qual jamais alguém pensara em fazer renascer
Parto sem nada ter construído, mas com a certeza que o sofrimento é humano, mas que a algo desumano se deve.